\r\n A diversidade cultural não está somente em documentos e relatos heroicos de algumas personalidades. Na construção da cultura brasileira, a participação das mulheres é uma nuance, muitas vezes, não percebida ou legitimada. Contudo o reconhecimento de que o patrimônio pode estar contido no modo de se produzir o acarajé, a renda ou no ofício típico das eiras de goiabeiras vem transformando esse cenário e colocando a mulher como detentora e construtora de História.
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\r\n A transmissão de saberes feita pelas mãos, pelos cantos, pelo artesanato e pela oralidade é capaz de construir relações culturais complexas, nas quais coexistem materialidade e imaterialidade. Assim como as rendas, vai se tecendo as manifestações que constroem a memória do país. Por isso, na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (08 de março), deve-se pensar e reconhecer o protagonismo feminino na construção da diversidade cultural brasileira.
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\r\n Algumas expressões, genuinamente, praticadas por mulheres como o Ofício das Baianas do Acarajé, das eiras de Goiabeiras (ES) e das rendeiras de Divina Pastora (SE) já são registradas como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mostrando que elas vêm adquirindo espaço nas estruturas sociais contemporâneas.
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\r\n Saiba Mais: IPHAN Brasil
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